Witcheye é descrito como um jogo de plataforma old-school, porém, tem uma jogabilidade bem diferente do habitual e bastante criativa.
Ele já havia saido anteriormente para smartphones em 2019. Mas agora a Moon Kid e a Devolver Digital o lançaram para PC-Steam e Nintendo Switch.
Trata-se de um jogo com começo, meio e fim, composto de fases curtas, com batalhas contra chefes e sub-chefes pelo caminho.
O enredo é sobre um cavaleiro que rouba pedras preciosas e ingredientes de um feitiço que estava sendo preparado por uma bruxa. Na pele dela você parte em busca de recuperar o que é seu.
Apesar de ter concluído sua missão, o cavaleiro estava carregando um saco furado e foi derrubando pelo caminho os itens da bruxa. Assim, durante todas as fases você vai coletando aos poucos.
Sim, essa bolinha ocular é você!
Eu disse “na pele”, mas, na verdade, a bruxa se transforma num olho que sai flutuando pelas fases e consegue derrotar inimigos ao tocar neles.
Testei esse jogo no PC e assim que ele é iniciado, surge uma mensagem dizendo que ele funciona melhor se jogado com o mouse ou num direcional analógico.
Nas versões anteriores para celular, os controles eram simples, bastava “riscar” um lugar na tela para o olho começar a ir naquela direção. Outro toque qualquer fazia o olho parar (provavelmente a versão de Switch também funcione assim no modo portátil).
Na versão PC você direciona o olho com o mouse. Ao clicar, o olho para de se mexer. Já com o controle, o direcional analógico move o olho em direção fixa. Clicar no analógico ou outro botão faz o olho parar.
Você pode selecionar as fases e até mesmo voltar a “mundos anteriores”
Os comandos são mais intuitivos no mouse. No controle não dá para ter total precisão quando você quer ir apenas em linha reta, o olho quase sempre vai um pouco para as diagonais. Embora isso não chegue a atrapalhar muito, dificulta para acertar alguns monstrinhos menores.
Basta encostar num inimigo desprotegido que ele leva dano. Como em outros jogos de plataforma, não da para acertar os que estejam protegidos com fogo, soltando choque, ou com espinhos à mostra.
Cada nova área aberta traz uma série de novos inimigos, mantendo o jogo interessante e variado até o fim.
Um dos primeiros chefes. Acerte-o nas costas e cuidado com a coroa!
Como disse antes, as fases são curtas e organizadas em “mundos”, como em Super Mario Bros., passando de cinquenta. Basta chegar vivo até o final delas, porém, é preciso dar uma vasculhada para achar os itens perdidos.
Sempre há um deles mais difícil de achar e muitos estão com algum inimigo que precisa ser derrotado. Quando esses itens são liberados eles flutuam por uns segundos e começam a cair. Assim, é necessário correr para pegá-los, ou podem cair para fora da tela.
Quando você coleta todos os cristais de uma fase, não precisa mais voltar nela
As batalhas contra sub-chefes e chefes são bem interessantes e desafiadoras. É necessário saber se posicionar bem para evitar perder pontos de vida. Em todo caso, eles têm uma movimentação padrão, basta decorar para se dar bem.
Gênio de fogo. Não, ele não bebeu!
Graficamente, ele tem menos resolução que um jogo de Super Nintendo, lembrando um jogo de Game Boy Advance. A paleta de cores é bem rica, existem alguns efeitos bacanas de transparência, além de uma boa fluência de animação.
A trilha sonora chama muita atenção, sendo bem animada e variada. Os temas das fases variam bastante, mas são bem clássicas como cavernas, florestas, lava, gelo, aquáticas.
Witcheye é um jogo para ficar de olho! Sendo bem interessante e relativamente curto.
Vale apena jogá-lo por sua proposta divertida e descompromissada. O preço é bem justo e convidativo. No Steam está em promoção por R$8,71 (preço original: R$ 10,89).
Confira o trailer:
Curiosidade: O designer Peter Malamud Smith é o co-criador (com Charlie Hoey) do sucesso viral The Great Gatsby para NES, e criador do bem sucedido quebra-cabeça de ação para celulares Satellina e Satellina Zero.
Nota: 9.0/10
O melhor: O jogo é simples e divertido
O pior: No direcional analógico é difícil ter precisão
- A Devolver Digital nos enviou uma cópia do jogo para review