Após mais de 30 anos do filme original, Blade Runner 2049 chega aos cinemas, dirigido por Denis Villeneuve e contendo tudo o que fez dessa franquia um sucesso.
E mesmo que tenha um novo protagonista, ele continua a mesma história de antes. Todo o universo estabelecido anteriormente é respeitado: os lugares, as cidades, as tecnologias, as pessoas. Há uma certa nostalgia ao rever mundo de Blade Runner novamente.
Sinopse
Se passando 30 anos após o primeiro filme, vemos uma evolução tecnológica muito bem pensada que não destoa do que já conhecemos. Até mesmo a mudança de diretor e compositor não fez com que o novo filme se distanciasse do que a gente conhece, sendo tudo muito familiar aos fãs da franquia.
Nessa nova trama, temos “K” (Ryan Gosling) como o novo protagonista. Com o fim da empresa Tyrell, uma nova surge em seu lugar, a Wallace, criada por Niander Wallace (Jared Leto).
Na empresa Wallace nenhum replicante é implicante
Essa empresa cria uma nova geração de replicantes e eles passam a substituir os antigos. No entanto. Alguns modelos antigos escapam de serem desativados e se refugiam.
K é o novo caçador de replicantes que realiza missões sem questionar até que em uma delas ele descobre uma pista sobre o filho de uma replicante, fato que poderia causar uma grande mudança no mundo. Afinal, até então, replicantes não podiam se reproduzir. E esse era mais um dos motivos que faziam os humanos os tratarem como seres sem alma e descartáveis.
A partir daí ele passa a investigar paralelamente esse caso o que o leva a se conectar com acontecimentos do filme anterior.
Deckard armado. Quem atirou primeiro?
Deckard (Harrison Ford) aparece somente na segunda parte do filme. É nesse momento que algumas peças do quebra cabeça do roteiro começam a se juntar e o final é bem feito, além de surpreendente.
Deixa até mesmo brechas para uma continuação.
Roteiro interessante
O roteiro é bem escrito. Logo no início somos apresentados ao que faz K iniciar sua investigação. A forma que ele sai em busca de pistas é um pouco devagar, mas isso serve para nos ambientar no universo do filme.
O encontro em K e Deckard é conturbado, mas faz sentido ser daquela forma. Todos os lugares visitados tem um propósito que acaba sendo explicado no final.
A duração do filme de 2 horas e 40 minutos, no entanto, pode pode parecer cansativa para algumas pessoas. Caso você entre no clima da investigação e da resolução dos mistérios, não irá notar toda essa demora. Na verdade, quando o filme terminou eu fiquei com a impressão que tinha assistido 2 ou 3 episódios iniciais de uma ótima série de detetive e fiquei com vontade de ver o restante.
Amor
Enquanto no filme anterior tínhamos o desenvolvimento de uma relação amorosa entre um humano e uma replicante, agora vemos um relacionamento entre K e a inteligência artificial Joi (Ana de Armas).
Joi é um produto criado pela Wallace para pessoas solitárias. Ela vive no sistema da casa de seus usuários e se projeta em forma de um holograma. Embora sua face seja sempre a mesma, ela pode usar roupas, penteados e maquiagens de acordo com o gosto de seu dono.
Joi, inteligência artificial amorzinho
A única Joi que vemos funcionando no filme é a de K. E eles demonstram estar apaixonados um pelo outro. Mas fica aquela sensação dúbia se realmente ela pode ser capaz de amar alguém, ou se todas as Jois são programadas para amar seus donos.
Joi chega até mesmo a demonstrar ciúmes de K durante uma cena. Mas é uma pena que esse relacionamento não seja mais explorado pois o ideia é muito boa.
Luv
Luv (Sylvia Hoeks), a subordinada de Niander está sempre fazendo o serviço sujo. Ao mesmo tempo que ela demonstra ficar horrorizada com a forma que a empresa Wallace trata os replicantes, ela segue seu chefe à risca.
Não há crescimento desse personagem, ela segue suas ordens do começo ao fim e acaba sendo apenas uma personagem apática.
Surpreendente
Mas no geral, Blade Runner 2049 é um ótimo filme. Normalmente essas continuações de clássicos que surgem muitos anos depois acabam desapontando e nesse caso é o completo oposto. Confesso que fui surpreendido.
Existem muitas possibilidades criadas pelo roteiro e uma continuação seria muito bem vinda. Infelizmente a bilheteria não tem sido muito alta. Blade Runner 2049 não é um blockbuster feito para atrair as massas, porém, custa caro para ser produzido. E produções que não se pagam normalmente não recebem sequências.
Vale a pena assistir?
Blade Runner 2049 é um filme que agradou bastante a crítica especializada e é um prato cheio e saboroso para os fãs. Se você não curte estilo noir e não gosta de pensar junto com o protagonista em busca da resolução de mistérios, talvez esse filme não seja para você.
Sei que muita gente tem se decepcionado ao assistir Blade Runner 2049 pois seus trailers o vendem como um filme de ação. Embora isso tenha sido feito para vender ingressos, é um grande erro do estúdio que o produziu.
Resta saber se com o tempo o filme irá conseguir se pagar e se consagrar como o clássico que ele é.
- Fomos convidados pela Sony Pictures para assistir ao filme na cabine para imprensa.
Adorei o filme, a história dos replicantes chamou minha atenção desde o primeiro filme. Na minha opinião, Blade Runner 2049 foi um dos mehores filmes de ficção cientifica que foi lançado. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Além, acho que a sua participação neste filme drama realmente ajudou ao desenvolvimento da história.