Olá, pessoas! Hoje vamos começar algo diferente nesta bagaça. Teremos duas novidades. A primeira é que a partir de agora vamos começar a apresentar resenhas de obras literárias. Sim, eu imagino a surpresa de vocês! Mas apesar de todos os erros de português dos nossos artigos, nós sabemos ler e escrever e gostamos de literatura. Sobre a segunda novidade falaremos ao final.
E vamos começar esta nova empreitada com este livro recém lançado pela Editora Novo Conceito: Na Companhia das Estrelas. Sinceramente, não sei o motivo que levou à escolha desta obra, só sei que quando me disseram que eu ia ler um livro chamado Na Companhia das Estrelas não fiquei nada empolgado. Na verdade, pensei ser um livro bem açucarado e previsível. Quando peguei o livro nas mãos e li na contracapa que ele foi escolha de leitura do clube do livro da OPRAH?!?!?!?! AH! FALA SÉRIO! OPRAH!!!! Se não querem que eu faça resenhas de livros não precisam apelar pra tortura. Mas agora com a tarefa feita digo que o livro não foi ruim.
A história tem por base uma situação já meio manjada, o tal do futuro apocalíptico não muito distante. O livro é mais ou menos uma formula MAD MAX + (EU SOU A LENDA – ZUMBI). Basicamente, temos esse futuro alternativo onde uma gripe dizimou a população da terra, sobrando só uns poucos coitados que por alguma razão genética são resistentes a essa puta gripe. Pra ajudar aparece outra doença, que chamam de doença do sangue, com características de contaminação idênticas à AIDS, que atinge uma grande parte dos sobreviventes, e os deixa enfraquecidos, como se estivessem sempre com dengue.
E no meio desta joça toda esta nosso herói. Seu nome é Hig, ele é um cara que se formou em literatura, escreveu um livro de poesia que ninguém comprou e para colocar comida na mesa trabalhava de empreiteiro. Por hobby tirou um brevê de piloto de pequenos aviões. Agora, no meio do apocalipse, ele mora no aeroclube onde fica seu avião e apesar da desgraça toda, Hig deve ser o cara mais sortudo do mundo pois esse aeroclube possui energia elétrica sustentada por geradores solares e eólicos. Ou seja, é um dos poucos lugares neste mundo que tem energia. Além de eletricidade, tem um rio próximo com água potável, pesca, uma floresta e montanha onde ele caça.
Para completar, existe combustível de avião suficiente no lugar, para ele dar uns roles quase todo dia e, morrer de velhice antes de gastar tudo. Como companhia ele tem um cachorro (lembra do “Eu Sou a Lenda”). Só que, como no “MAD MAX”, num cenário assim, a população que sobrevive fica louca, todo mundo se torna delinquente. Estuprar e matar, tomar as coisas dos outros, vale tudo, pior do que se fossem ZUMBIS, os inimigos aqui são os sobreviventes. Só que Hig, sortudo pra cacete, recebe a visita de um cara que é o estereótipo do americano sulista apaixonado por armas.
Esse cara, Bangley, chega lá com uma caminhonete cheia de todo tipo de armas e munição e resolve ser vizinho de Hig, morando no aeroclube. Agora Hig tinha armamento e um soldado pra ajudar a defender seu Oásis. Ele mora num dos melhores lugares deste mundo novo e tem proteção pra não ser roubado, mas como todo ser humano, não tá feliz com sua vida e tem um fogo no rabo de querer sair e conhecer outras pessoas, e, quiçá, restabelecer a sociedade moderna.
Resumindo o livro narra o dia a dia do Hig, seus anseios, seus pensamentos, suas angústias. Não é uma historia inovadora, mas novamente digo, não é ruim. Faz você pensar até que ponto as pessoas irão quando em situações extremas. A humanidade acaba? Todo mundo vira bicho? O que você faria no lugar dele? E se todos os seus amigos, parentes e sua esposa morressem e você ficasse vivo?
Para finalizar vamos a segunda novidade. Gostaríamos de sortear este livro (o mesmo que li para a resenha) entre todos os leitores, seguidores, amigos e reféns do 88milhas. Mas para isso precisamos saber se haverá procura. Portanto, se quer participar, deixe um comentário abaixo utilizando sua conta do Facebook ou Twitter (só uma delas, beleza?). Quando atingirmos 25 comentários e compartilhamentos, realizamos o sorteio! Combinado?
Nota: 3 de 5
Pontos Fortes: Vale à pena ler? VALE! Mas se tiver outros livros na fila, este pode esperar. Apesar de ser mais do mesmo, a história é legal, os personagens são bons e a leitura é bem tranquila.
Pontos Fracos: O fim do livro não chega a ser previsível, mas tampouco é surpreendente. A história simplesmente acaba. Mas como um todo, a historia consegue prender sua atenção, apesar de ter momentos que demoram pra passar e acontecer alguma coisa.
Grande abraço e até o próximo livro.
Ah que bom! NUNCA compraria com essa capa e título meio breguinha, mas pareceu ate interessante. Pena que minha pilha de livros com prioridade tá enooorme.
Gostei muito da resenha e da história. E o melhor de tudo, sem spoiler! Dificilmente daria chance a este livro por conta do título, mas realmente fiquei interessado. Parabéns pelo texto!