No dia 28 de outubro de 2021 a Ubisoft lançou Riders Republic para PlayStation 4 e 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC. Um jogo de mundo aberto que mescla vários estilos de esportes radicais. Indo desde Mountain Bike e Snowboard até corrida de Wingsuit (com ou sem jetpack).
Tudo acontece num enorme mapa que mescla parques nacionais reais dos Estados Unidos. Você pode até mesmo explorar locais para descobrir mais sobre eles ou achar colecionáveis.
Existe uma campanha offline onde o jogador acompanha uma história através de cutscenes enquanto avança em cada corrida. É uma história simples, só para dar mais contexto ao seu progresso. Já o modo online é onde as disputas podem ocorrer com mais de 60 jogadores em simultâneo.
Como é de praxe em jogos de corrida em mundo aberto, Riders Republic inicia com uma prova que alterna entre algumas categorias para dar uma boa ideia do que virá pela frente. É quando os controles são mostrados pela primeira vez e é bem prático entender como as coisas funcionam.
Foto por: news7th.com
Os tutoriais do jogo são bem rápidos e não enrolam o jogador. Logo de início, somos apresentados a dois estilos de jogabilidade: Velocista e Mestre de Manobras.
O Velocista é o modo simplificado, onde você pode controlar a câmera no direcional analógico direito e as manobras são mais fáceis de realizar.
Já o modo Mestre de Manobras, as manobras são manuais, realizadas com o direcional analógico direito e a câmera se torna automática.
É possível ativar alguns auxílios de jogabilidade que facilitam em alguns momentos como endireitar automaticamente o personagem para uma queda segura após um salto com manobra.
Você pode alterar os auxílios a qualquer momento. Basta pausar o jogo.
No geral, a jogabilidade tem um estilo bem arcade e intuitiva. Quem preferir o modo Mestre vai demorar um pouco mais para acostumar com os controles, porém, acertar manobras assim é mais recompensador (rende até mais pontos). Lembrando que é possível voltar no tempo para corrigir erros durante as corridas.
As provas decisivas fazem você avançar na campanha
Nem todas as categorias estão disponíveis de início. Por exemplo, o Wingsuit com jetpack só fica disponível algum tempo depois, conforme se sobe de carreira. As corridas e missões ficam disponíveis no cenário e o jogador deve ir até elas para iniciar.
Para ir até elas, o jogador pode usar os equipamentos usados nas provas ou algum veículo específico para exploração como a moto de neve. Além de vencer as corridas, pode-se realizar alguns objetivos secundários que garantem pontos de estrela.
Como esses pontos, é possível adquirir equipamentos e roupas. Os equipamentos modificam os atributos e eles são classificados por qualidade e raridade. Assim, quanto melhores, maior o seu desempenho das provas.
Vencer corridas pode garantir também alguns prêmios muito bons
Existe uma loja de cosméticos que não alteram a jogabilidade e podem ser comprados com dinheiro real. Por um lado é bom que não melhorem os atributos do jogador (não tornando o jogo um “pay-to-win”), mas por outro, eles têm um preço bem salgado. A variedade do que pode ser comprado é grande, tudo é muito criativo, divertido e colorido.
Graficamente, Riders Republic é muito bonito. Tem uma vibe de nova geração, mesmo não sendo tão complexo, e supera o que foi visto em Steep ou The Crew 2, por conta do maior contraste nas cores e efeitos de iluminação.
Nem todas as texturas são tão boas, algumas são pixeladas e demoram para aparecer (ao menos na versão que joguei no PC, sem SSD).
Falando na falta do SSD aqui, notei que o carregamento das provas demoram um pouco. Porém, cheguei a ver muitos comentários de quem testou no PS5 ou Xbox Series dizendo ter carregamentos super rápidos.
Existe a opção de se jogar com a câmera em primeira pessoa, aumentando bastante a adrenalina. Não chega a ficar mais difícil, mas a sensação de velocidade é maior. Quando se executa uma manobra, a câmera volta para terceira pessoa por alguns instantes (afinal, seria estranho a câmera girando loucamente e dificultaria para o jogador se orientar para aterrissar direito).
Riders Edge é um tipo de Hub no centro do mapa onde jogadores se encontra inicialmente. Nesse local você também pode treinar manobras e fazer alguns tutoriais.
Embora o jogo esteja com menus e legendas localizadas, ele não possui dublagem. Isso é estranho porque grande parte dos jogos da Ubisoft tem vozes em português, principalmente os AAA. Quem sabe não virá futuramente?
A trilha sonora combina com a proposta de esportes radicais variando entre hip-hop, rap e trap. Caso o jogador não curta estes gêneros, hoje em dia é muito fácil ligar um Spotify ou similiares para tocar suas próprias músicas. Não tem erro.
Mesmo que você não termine em primeiro, ainda poderá seguir na campanha
No departamento de bugs, eles acontecem como em todo jogo de mundo aberto, sendo um tanto imprevisíveis. Ficar preso com um veículo entre dois objetos é o mais comum. Durante o tempo que joguei, apenas uma vez sofri um travamento, e o jogo não chegou nem a fechar, ele congelou mesmo e precisei fechar por atalhos.
Ainda assim, é um dos jogos onde esses problemas menos afetam sua qualidade. Claro que tem como melhorar se a Ubisoft dar alguma polida, mas acredito que o foco futuro será em criar mais conteúdo como novas corridas, equipamentos e cosméticos.
Desde o lançamento, Riders Republic possui crossplay entre todas as plataformas. Isso significa que a possibilidade de encontrar pessoas para jogar online é bem grande e acaba sendo mais um ponto positivo para adquirir o jogo.
Vale a pena?
Riders Republic foi uma boa surpresa para esse ano. Inspirado em outros jogos como Steep, The Crew 2 e Forza Horizon, ele traz um grande mapa que se torna um playground para testar suas habilidades nos esportes radicais.
Sua variedade de customização da jogabilidade o torna atrativo para todo o tipo de jogador. Assim, acaba sendo recomendado para quem procura um desafio um pouco fora do comum, já que hoje em dia existem poucos jogos focados nesse tipo de esporte.
NOTA: 8/10
O melhor: Bom combinação de esportes radicais com jogabilidade intuitiva
O pior: Alguns bugs travam o jogo, sendo necessário reiniciar.
Moda elitista: O preço das roupinhas compradas com dinheiro real é um pouco salgado.
- A Ubisoft nos forneceu uma cópia digital do jogo para esta análise, testado no PC.