“Um reboot que é uma continuação” é a frase que define este filme. “Reboot” porque pode ser o início de uma nova saga, com a apresentação de novos personagens. E “continuação” porque segue a história dos filmes anteriores.
Quatro anos após guerra que aconteceu no final do terceiro filme, Autobots e Decepticons praticamente não existem mais na Terra e os poucos que restaram são caçados. Ao mesmo tempo, uma poderosa empresa passa a estudar os destroços para aprender a manipular a tecnologia alienígena.
Obviamente, os cientistas pegam justamente restos do Megatron e desenvolvem uma tecnologia para controlá-lo remotamente criando assim Galvatron. E quando eles descobrem que Optimus Prime está com Cade, passam a fazer de tudo para capturá-lo.
Os principais Autobots ainda existem, porém, estão camuflados e escondidos. Cade Yeager, um mecânico e inventor, adquire um caminhão considerado sucata com intenção de consertá-lo. Eis que ele descobre que este caminhão é na verdade Optimus Prime, porém completamente avariado.
Quase não há nenhuma menção aos personagens principais humanos dos filmes anteriores. Optimus Prime, Bumble Bee e os outros acabam se relacionando com a família Yeager. Estes acabam até mesmo sendo mais ativos que os personagens anteriores durante as cenas de ação, ou seja, eles não apenas fogem dos inimigos, eles destroem também.
Parte do filme foi rodado na China e tudo o que você imagina de estereótipo deste país aparece, desde a Muralha até poluição visual e um lutador de Kung Fu, mas a cena deste último é até engraçada.
Como foi divulgado nos cartazes do filme, temos os dinossauros robôs. Eles não aparecem muito, mas são ainda maiores que os Autobots e fazem uma referência clara ao desenho Beast Wars.
Michael Bay está de volta na direção do filme e segue com seu estilo único. No entanto, é perceptível que ele atende às críticas e sugestões do público suavizando o que era tido como “exagerado” em seus filmes.
Por exemplo. A famosa câmera lenta está presente, mas não está tão lenta e não se repete tanto. O mesmo pode se dizer da cena de rotação em volta de um personagem, ela acontece apenas uma vez. E para terminar, durante as lutas dos robôs gigantes, a câmera está mais afastada, facilitando o entendimento da mesma (isso é uma grande evolução, principalmente para quem se incomodou com cenas dos filmes anteriores onde um monte de lata girava na tela e era difícil distinguir quem era quem).
Desta vez, a “gostosa” do filme é Nicola Peltz que interpreta a filha adolescente de Cade (relaxa, a atriz já é maior de idade). A função dela no filme é brigar com o pai, lembrá-lo que eles estão quase falidos e prover um corredor experiente para as cenas de fuga. No geral, ela parece mais inteligente e útil que as protagonistas dos filmes anteriores.
Apesar de mais longo que o terceiro filme, o A Era de Extinção está menos cansativo. A mescla entre humanos, explosões e robôs gigantes está mais homogênea.
Mas não espere um roteiro rebuscado que vai te fazer ficar filosofando após o final. Assim como os outros, o filme é feito para agradar crianças e fãs de Transformers onde o foco está na ação, na explosões e em tornar o desenho clássico numa versão real no cinema. E a bilheteria está indo às alturas até mesmo no Brasil, onde até agora tivemos apenas algumas sessões de pré-estreia.
A Era da Extinção é melhor que Transformers 2 e 3, empatando com o primeiro. Não temos apenas Galvatron como vilão e algumas reviravoltas interessantes acontecem durante a trama. E ele cumpre no que ele se propõe a ser.
Se você curte a série de filmes, assista. Se você não gosta, mesmo com uma série de melhorias, este pode também não te agradar.
A estreia oficial está marcado para dia 17 de Julho.
NOTA:3.0
Boa análise.
Apenas discordo do ponto sobre a duração do filme em si, eu achei longo a ponto de ao final agradecer por ter acabado, acredito que adicionaram cenas que não contribuíram tanto e que acabaram por tornar mais longo o filme em si.