Uma mistura de jogo de estratégia, com tower defense e ação em terceira pessoa fazem de Toy Soldiers: War Chest um jogo bastante único e indicado para quem quer sair da mesmice.
Assim como nas versões anteriores da série, em War Chest o fator nostalgia conta muito para atrair o publico. Existem duas versões do game, uma normal que vem com uma série de exércitos com Kaiser Wilhelm, Star Bright, DarkLord, etc. E a versão especial “Hall da Fama” com grupos extras como Hee-man, GI JOE, Cobra e Assassin’s Creed (estes podem ser adquiridos separadamente).
Há muito conteúdo para ser habilitado através das microtransações e do sistema Uplay. E o modo campanha é longo o suficiente para garantir boas horas de diversão.
A mecânica do jogo não é simples, mas também não é difícil de dominar, principalmente para quem está acostumado a jogar jogos de defesa de torres. Você entra em uma das várias arenas, posiciona suas tropas e suas torres de proteção ao mesmo tempo que o inimigo surge aos poucos em hordas, tentando te destruir. Basta administrar bem seu exército e seus recursos para se dar bem.
Embora exista uma boa diferença gráfica entre os exércitos disponíveis inicialmente, eles não agem de forma muito diferente, o que pode frustrar um pouco quem esperava uma maior variedade nesse aspecto.
Um dos fatores mais legais durante a partida é a barra que eu apelidei de “barra de especial” que vai enchendo conforme você mata unidades inimigas. Ela pode encher até três níveis e ao completar, você pode encarnar um dos seus melhores personagens para lutar livremente no campo de batalha, invocar uma super arma para um ataque devastador ou mesmo chamar outro personagem poderoso para ajudar.
Alguns exércitos baseados em ataques de curta distância, como o do Hee-man, sofrem bastante quando o inimigo utiliza-se de personagens com ataques à longa distância. E no caso do exército do Hee-man, existem poucas opções de armas (para não descaracterizar os personagens), assim ele acaba sendo mais limitado que os exércitos padrões do jogo e perde em competitividade. O maior problema disso é que o exército do Hee-man é um DLC e é meio triste você saber que pagou a mais para ter algo que não é tão eficiente dentro do jogo.
Com o jogo tendo foco na nostalgia, é um pouco estranho ver um exército baseado em uma linha fictícia de brinquedos do Assassin’s Creed, já que o público alvo do jogo nunca brincou com Ézio e sua turma em sua infância (talvez porque a série Assassin’s Creed não existia nos anos 80/90?). Obviamente, ele está pois a Ubisoft é a publicadora do jogo, mas a ideia de jogar com assassinos não é ruim. Quem sabe não sai um DLC com os coachs do Just Dance ou com os Rabbids? (estou brincando Ubisoft, apenas brincando….)
Para acessar conteúdos extras ou modos online é necessário logar no serviço Uplay. Existem alguns objetivos neste serviço que você pode completar no jogo para desbloquear itens especiais.
Durante o jogo, não tive problemas com bugs muito sérios, embora algumas vezes, certas texturas tenham demorado alguns segundos para aparecer em objetos no fundo do cenário. Somente uma vez o jogo realmente travou durante uma tela de carregamento e simplesmente fechou.
Eu chamaria Toy Soldiers: War Chest de um “simulador de brincadeira de criança com seus bonecos”. Talvez, o fato de poder relembrar a infância faça com que esqueçamos dos problemas técnicos. O modo campanha é recompensador, mesmo após terminá-lo você ainda pode querer jogar novamente para tentar outras possibilidades em termos de jogabilidade.
Para os fãs de jogo estilo defesa de torre é um prato cheio pois War Chest tem mecânicas diferentes do convencional. Para quem nunca jogou um jogo do tipo, há um tutorial bem completo que dá as noções básicas. Depois disso, a pessoa deve começar a pensar e desenvolver suas próprias estratégias de combate.
Como dito inicialmente, recomendo o jogo para quem quer sair da mesmice e experimentar um jogo bastante criativo.
Versão testada: PC