Conforme noticiamos aqui, no dia 10 de março a Ubisoft lançou Dawn of Ragnarok, uma expansão do jogo Assassin’s Creed: Valhalla.
Nós recebemos essa expansão da Ubisoft no dia do lançamento, tiramos alguns dias para jogar e agora você poderá acompanhar a nossa crítica!
Dawn of Ragnarok
Desenvolvido pela Ubisoft Sofia, Dawn of Ragnarok dá sequência aos conteúdos do Ano 2 de Assassin’s Creed: Valhalla em uma expansão em que Eivor encara o seu destino com Odin, o deus nórdico da batalha e sabedoria.
Na nova história, o reino de Svartafheim está em queda e, em meio ao caos, o filho de Odin, Baldr, é capturado pelos Turtr, criaturas de fogo, gigantes e imortais. Eivor então, tem acesso a novos poderes divinos enquanto continua a sua lendária saga viking.
A Expansão
A Ubisoft prometeu conteúdo com até 35 horas de duração, novos poderes, novos inimigos, um novo cenário bem diferente do visto no jogo base e novos mistérios a serem descobertos.
Tudo isso foi entregue realmente. O reino de Svartafheim tem um formato bastante diferente. Com várias construções verticais, pedaços de terra flutuantes, enormes estátuas douradas e elementos que parecem vindos de livros de fantasia como anões e gigantes. E claro, tudo com base na mitologia nórdica.
Há realmente bastante conteúdo e uma história à parte do jogo principal bastante interessante. Porém, para ampliar as horas de jogo, muitas missões secundárias foram adicionadas ao mapa. Grande parte delas são longas e envolvem resolver um problema, para resolver outro problema, para então ser concluída. Ou seja, parecem ser longas de uma forma artificial.
Em geral, a parte principal dura umas 20 horas e o restante entre 10 a 15.
Para chegar a Svartalfheim, Eivor novamente passa a “viajar por seus sonhos”. Mas a história passa o controle para outro personagem, Havi, que teve grande importância na campanha principal. É difícil falar do enredo de Dawn of Ragnarok sem citar acontecimentos importantes de Valhalla, mas tentarei aqui conter ao máximo.
Havi está à procura de Baldr, raptado por Surtur. Este último, é o imortal lider dos Muspels e está prestes a invadir Svartalfheim. Assim, Havi precisar ir a esse reino para cumprir seu objetivo. Outros seres mitológicos aparecem durante a aventura e alguns eventos ocorrem, como a chegada do Ragnarok.
O jogador deve auxiliar o povo anão de Svartalfheim na guerra contra Surtr realizando uma série de missões bem típicas do universo de Assassin’s Creed. Esses anões estão em refúgios que devem ser encontrados (através de pistas) para poder avançar na história. Existem também bases inimigas para serem conquistadas, uma arena com batalhas bem difíceis (e recompensadoras) e muitos equipamentos para coletar.
No campo da jogabilidade, várias novidades foram adicionadas. O item mágico Hugr-Rip rouba habilidades dos inimigos e são cinco no total, indo de poder de ataque até locomoção e disfarce. Um desses poderes te transforma num pássaro (modificando a mecânica tradicional de usar um pássaro para sobrevoar o mapa).
É possível acessar essa expansão indo direto para ela a partir do menu inicial ou continuando um save da campanha principal. Como essa nova aventura exige um personagem com nível 340 de poder, se o jogador estiver mais fraco, um item fará ele se tornar mais forte temporariamente.
No departamento gráfico, Dawn of Ragnarok mantém a qualidade do jogo base. É extremamente bonito, com ótimas texturas para os personagens e cenários que parecem fotografias. Impossível não parar de vez em quanto para tirar umas prints.
A localização continua presente. Temos menus e legendas em português, além da boa dublagem típica dos jogos da Ubisoft.
Talvez o início pudesse ter sido um pouco mais rápido. Há um tutorial ali para apresentar as novidades que pode cansar algumas pessoas.
Não sei se as mudanças que o jogo traz irá influenciar jogos futuros da franquia, pois há muitos elementos fantásticos presentes. Acredito que um próximo Assassin’s Creed apresente uma história mais “pé no chão” e volte a focar na irmandade de assassinos contra os templários. Mas claro, sem abandonar o gameplay estilo RPG que vem sendo usado desde Assassin’s Creed Origins, de 2017.
Dawn of Ragnarok é divertido pode agradar tanto fãs da franquia como os novatos que gostam de mitologia nórdica. Embora alguns elementos venham da mitologia da série AC, eles não atrapalham para o entendimento da trama de Havi e Eivor.
Por se a expansão “mais ambiciosa já feita para um Assassin’s Creed”, ela foi lançada por R$ 169,00 no PC e R$ 199,00 nos consoles. Isso com certeza pode afastar algumas pessoas inicialmente, porém, ela dura mais que 30 horas, bem mais do que um Resident Evil 3 Remake, que é um jogo completo e acaba em menos de 7 horas.
A Ubisoft nos enviou um código da expansão para essa análise. Testada no PS4 Pro
ANÁLISE
Assassin's Creed: Valhalla - Dawn of Ragnarok
Uma expansão para Assassin's Creed: Valhalla traz ainda mais elementos fantásticos, uma história interessante e poderes nunca antes vistos. Possui mais de 30 horas de conteúdo e não está presente no passe de temporada.
PRÓS
- História interessante cheia de seres mitológicos num cenário novo e criativo
- Poderes divinos inéditos na série
- A duração da campanha e missões secundárias é grade
- O jogador não é obrigado a jogar o jogo base para aproveitar essa expansão
CONTRAS
- O preço está um pouco salgado no lançamento
- Algumas missões secundárias são burocráticas