[Filme] Crítica – Se Não Fosse Você

“Se Não Fosse Você” (Regretting You) reúne muitos temas em um único filme: família, drama, romance, traições. E junto a tudo isso também explora resiliência, a dor da perda e amadurecimento.

Trata-se de uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Colleen Hoover. Particularmente, não conheço a obra. Então aqui você terá a visão de quem apenas conferiu o longa-metragem através da cabine de imprensa. Agradecemos a Paramount Pictures pelo convite!

Sinopse: Morgan Grant (Allison Willians) e Clara Grant (Mckenna Grace) são mãe e filha, as protagonistas dessa história. Elas tem uma vida relativamente comum e feliz. Clara é bastante apegada a sua tia, irmã de sua mãe, e seu tio. Enquanto Morgan ensina os truques de ser mãe à sua irmã que acabou de ter um filho, Clara estuda no ensino médio, vivendo os altos e baixos da adolescência.

Inesperadamente, um acidente devastador abala a família, ao mesmo tempo que uma traição chocante é descoberta. Assim, todos perdem as estruturas e precisam reunir forças para se reerguerem. Surgem questões sobre mentir, omitir e proteger.

Nem sempre os personagens seguem pelo melhor caminho, e com isso, surgem atritos, atitudes impensadas, meias verdades. A situação parece se complicar cada vez mais, embora fique óbvio que uma boa conversa poderia resolver tudo, ou quase tudo.

As primeiras cenas do filme acontecem no passado, 17 anos atrás. Nesse momento descobrimos que Morgan, sua irmã e seus respectivos namorados se conheciam a bastante tempo. E já nesse início dá para sacar algum lance diferente entre esses quatro personagens. Não é nada sutil, fica bem na cara.

Essa é a época em que Morgan já estava grávida da Clara. E certos segredos dessa época são levados adiante nos anos seguintes.

O acidente ocorre de maneira independente dos acontecimentos do passado, mas estes são importantes para entender algumas coisas do presente.

Preciso confessar que é difícil falar sobre o filme sem entrar em spoilers. Mas é a tragédia que desencadeia a descoberta de algo inesperado e acaba mudando tudo.

Enquanto Morgan e Clara precisam buscar uma forma de superar isso, elas também tem suas questões particulares para serem resolvidas. Enquanto para Morgan suas questões são ligadas ao passado, para Clara seus problemas estão no presente.

O terceiro ato consegue bolar uma forma de resolver os atritos e trazer uma boa conclusão. Em todo caso, o clímax da história não é tão impactante quanto poderia. Algumas questões mais críticas tem soluções simples, aceitas muito facilmente e com pouco questionamento.

Os quatro personagens retratados no passado tem os mesmos atores do presente. E foi somente na segunda cena de flashback que notei uma maquiagem digital para deixá-los mais jovens. Eu gostei bastante desse efeito, está muito melhor do que em outros filmes recentes que usam a mesma técnica.

A trilha sonora foi muito bem escolhida, principalmente quando ela remete aos anos 2000, carregando um pouco de nostalgia.

Novamente afirmo que não li o livro. E provalmente quem leu deve saber todas as mínimas (ou máximas) diferenças que acontecem nessa adaptação para cinema.

Como filme eu afirmo que é uma produção bastante competente. Tem personagens fáceis de entender e de se apegar, uma história que te deixa instigado para saber como será concluída. Só faltou mesmo ter algo mais impactante na reta final.

Trailer Legendado

Trailer Dublado