“Princesa Adormecida” está chegando aos cinemas no dia 15 de Agosto. Trata-se de uma releitura do conto da Bela Adormecida, é protagonizado por Pietra Quintela e tem a participação especial de Maísa Silva.
A Panorâmica, a Warner Bros Discovery e a Manequim Filmes nos convidaram para assistir ao filme antecipadamente e aqui você confere nossa resenha.
O filme é baseado na obra de mesmo nome da autora Paula Pimenta, com uma abordagem que pode agradar todas as famílias, ainda que seu foco seja no público adolescente.
Pietra vive Rosa, uma adolescente como qualquer outra que sonha com sua liberdade e independência. Ela foi criada por três pais que, por algum motivo, são extremamente protetores e não a deixam fazer nada. Por conta disso, ela estuda num colégio interno coordenado por freiras e exclusivo para meninas.
A vida de Rosa poderia ser bem entediante, mas isso não acontece, pois ela tem como melhor amiga a Clara (Livia Silva), uma garota muito pró ativa e sem papas na língua.
A vida de Rosa começa a mudar quando ela conhece um crush através de mensagens no celular. No entanto, ela não espera que um mistério do passado irá trazer uma vingativa vilã de volta, o que pode colocar sua vida em perigo.
Dando uma olhada por cima na sinopse do filme, pode-se ter a impressão de que ele é simples ou comum. Porém, o roteiro guarda muitas reviravoltas, surpresas e revelações. São vários elementos de história que parecem soltos num primeiro momento, mas que se mostram interligados com o avanço do filme.
Embora o longa tenha objetivo de ser um tipo de contos de fada moderno, ele não esconde que tem inspirações em filmes (ou livros) de suspense que primeiramente ocultam algumas informações do espectador, e perto do fim, revelam todos os detalhes da trama de uma vez. Mesmo que neste caso não exista um detetive clássico entre os personagens para explicar a quem está assistindo seu raciocínio e suas descobertas. Entretanto, a vilã ter a habilidade de trocar de rosto e se disfarçar de qualquer pessoa é mais uma evidência do estilo que a trama foi construída.
Apesar do filme ter sido rodado fora do país em algumas cenas, a maior parte do tempo ele se passa no colégio onde a Rosa estuda e talvez isso possa ser cansativo para os espectadores. Além disso, o ritmo cai muito quando chega na metade do longa. Não se pode esquecer que o público alvo, os jovens de hoje em dia, tem uma tendência muito alta de se entediarem facilmente com qualquer coisa que não seja super dinâmica.
Ainda assim, a trama é bem amarrada. Mesmo após as grandes revelações, a história continua. E o elenco passa a vibração positiva, vinda de um filme adolescente para ser visto em período de férias escolares (embora ele não tenha sido lançado nas férias…).
“Princesa Adormecida” é a segunda adaptação para filme da coleção de livros “Princesas Modernas”, escrita por Paula Pimenta. O primeiro adaptado foi “Cinderela Pop”, onde a atriz Maísa Silva era a protagonista. É por esse motivo que ela reaparece em “Princesa Adormecida”, desta vez interpretando a mundialmente famosa DJ Cinderela (entendedores entenderão a referência).
No elenco temos também Guilherme Cabral, Patrícia França, Juliana Knust, Leopoldo Rodriguez, Ju Colombo, entre outros.
Se eu pudesse mudar algo no filme, com certeza reduziria um pouco as piadas da madre pegando no pé da Rosa, que se repetem muito (o inspetor da “polizei”, que adora um doce, funciona muito melhor como alívio cômico). Fora isso, também faria algo para tornar mais impactante a revelação da identidade da vilã, já que ela acontece de uma forma sem emoção, sem causar surpresa.
Agora, fica a pergunta: Depois de “Cinderela Pop” e “Princesa Adormecida”, será que um dia veremos a adaptação para cinemas de “Princesa das Águas”?
Veredito
“Princesa Adormecida” tem potencial para agradar os adolescentes. Embora seja uma modernização de um conto de fadas, não faz isso de forma caricata. Muitos segredos são revelados aos poucos, o que pode manter a audiência interessada, mesmo com o ritmo lento da segunda metade do filme.
ANÁLISE
Princesa Adormecida
Princesa Adormecida é a segunda adaptação dos livros de Paula Pimenta para os cinemas. Se trata de uma modernização dos clássicos contos de fada com objetivo de conquistar um novo público.
PRÓS
- O roteiro é criativo ao contar ao adaptar uma historia de contos de fada para os dias atuais
- Possui elementos narrativos de filmes de suspense que dão um tempero a mais
- O elenco jovem é bastante talentoso e pode atrair o público
CONTRAS
- Em certos momentos o ritmo do filme é inconsistente
- Algumas das revelações da trama acontecem de forma que não surprende
- É impossivel as meninas conversarem normalmente na pista de uma balada sem precisar gritar