Deive Pazos e Alexandre Ottoni, do Jovem Nerd, juntos do diretor Ian SBF, trouxeram aos cinemas o longa de terror “A Própria Carne“.
No elenco estão Luiz Carlos Persy, Jade Mascarenhas, Jorge Guerreiro, George Sauma e Pierri Baitelli.
O filme se passa no final século XIX, durante a Guerra do Paraguai e acompanhamos três soldados desertores que buscam abrigo numa casa isolada na floresta, próxima à fronteira. Por um momento eles pensam estar seguros e protegidos dos soldados que estão os caçandos. No entanto, aquela casa esconde grandes e perigosos mistérios. Além de ser habitada por um estranho fazendeiro e uma jovem que o auxilia. Quais segredos macabros aguardam os soldados recém-chegados? Eles terão sanidade suficiente para sobreviver?
Abaixo você confere nosso vídeo comentando os detalhes do filme. No início falamos o que achamos sem dar spoilers. Da metade para frente, está tudo liberado e comentamos sobre todas as reviravoltas e o final. Confira:
“A Própria Carne” não segue o estilo de terror de jump scare gratuito ou estilo slasher. Ele mescla tensão, mistérios e muito gore. O elenco não é muito grande e mesmo as locações são poucas. Em geral, vemos parte da floresta, os arredores casa e seu interior.
É muito perceptível as restrições orçamentárias desse longa. Porém, isso não é um problema ou um demérito. Pois muita criatividade foi usada para compor as cenas, os roteiros, os personagens e os ambientes.
O filme se apoia bastante no mistério, nos segredos e na ambientação. Logo de início temos uma apresentação rápida de todos os protagonistas e, com exceção do fazendeiro, já temos ideia dos objetivos de cada um. Assim, a história vai seguindo, surge um clima de tensão e perigo. E isso já é o suficiente para tornar o filme interessante.

A casa realmente passa uma sensação tenebrosa. Em cada canto de cada cômodo você nota muitos detalhes e isso se deve ao grande cuidado da produção ao construir o lugar. O fato de não saber o que o fazendeiro e a garota fazem ali, torna a casa muito mais intimidadora. Não dá para acreditar que os soldados toparam passar a noite nesse lugar onde todas as portas são fechadas com cadeado todas as noites.
E se tem algo que ajuda ainda mais na ambientação são os efeitos sonoros e trilhas. Eles estão presentes de forma impactante. Estrondos, gritos, rangidos de porta… Tudo mixado da melhor forma. Dá para dizer que os efeitos sonoros até mesmo contam parte da história. Por exemplo, às vezes, do lado de fora da casa é possível ouvir barulhos de tiro vindo de algum lugar distante, onde está acontecendo a guerra.
Houve um cuidado grande para recriar roupas da época, até mesmo replicando como as costuras eram feitas. As armas também tem precisão histórica, tendo sido emprestadas (ou alugadas?) por um colecionador. Porém, diferente de outros filmes de época, os personagens não parecem falar com um estilo antigo. Os diálogos são simples, sem palavras ou expressões antigas. Me pergunto o motivo disso. Seria para tornar tudo mais palatável a um grande público?

Existem muitas tomadas longas e fixas, principalmente dentro da casa. Não sei se o motivo disso foi o orçamento, mas, achei estranho que em vários momentos alguns personagens falam de costas para a câmera. Isso acontece mesmo em momentos chave onde faria sentido ver a expressão do personagem.
Em questão de efeitos especiais, a qualidade deles varia. Tudo o que foi feito com efeito prático ficou muito bom. Já as cenas que utilizam CGI variam muito em qualidade, com cenas bem feitas e outras nem tanto. Pelo menos, as cenas com esses efeitos quase sempre acontecem rápido, para o espectador não ter tempo de notar defeitos.
Uma cena em que os efeitos estavam bons e eu realmente curti, foi quando mostraram uma cabeça perfurada. Sobre as cenas ruins, prefiro não comentar para não entrar em spoilers.
Particularmente, gosto da resolução do filme. O final traz aquela esperança de termos uma continuação futura. E claro, isso vai depender muito da bilheteria deste filme.

O que mais gostei no filme é que após conhecermos a ideia central dele, não dá para adivinhar como as coisas vão acabar. Os desertores vão conseguir fugir da perseguição dos soldados? Eles vão ficar por quanto tempo na casa? O que o fazendeiro está fazendo ali afinal? Esse é mais um fator que torna o enredo interessante.
Sabendo que os integrantes do Jovem Nerd adoram jogar RPG de mesa, muitos elementos desse universo estão presentes no longa. Os protagonistas muitas vezes passam por situações que testam sua sanidade (mas sem precisar jogar um D20). Com isso em mente, facilita ainda mais a entender a experiência que o filme quer passar.
Eu torço que “A Própria Carne” tenha o sucesso desejado e isso incentive não só a produção de uma continuação, como também de mais filmes de terror nacional.
ANÁLISE
A Própria Carne
Um terror honesto, cheio de gore e referências nerds, que se passa durante a Guerra do Paraguai
PRÓS
- Muita tensão e segredos mantém o filme interessante
- Ótima ambientação e efeitos práticos
- Referências aos RPGs de terror
- Excelente ambientação sonora
CONTRAS
- Algumas tomadas de câmera ruins impedem de ver as expressões dos personagens
- Algumas cenas tem CGI muito esquisito
- O pano de fundo da guerra é pouco explorado
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