O tempo realmente voa! Não estamos na Sala do Tempo de Kami-Sama. Fiquei surpreso quando percebi que “Dragon Ball Super: Broly – O Filme” foi lançado há 4 anos!
Pois bem, hoje, a saga dessa franquia ganhou um novo episódio com o filme “Dragon Ball Super: Superhero“. Já está em cartaz em todos os cinemas e já posso afirmar que valeu o ingresso!
Sinopse: “Muitos anos após a derrota de Cell, uma nova Red Ribbon surgiu! Suas novas criações são os andróides definitivos Gamma 1 e Gamma 2 e eles se autodenominam “Super Heróis”. Seus alvos são Piccolo, Gohan e a Bulma! Enquanto isso, Goku e Vegeta treinam ao lado de Broly no planeta de Bills. O que planeja essa nova Red Ribbon? Vale a pena chamar Shenlong para dar um upgrade no Popôti? O que é Popôti?”
Dando continuidade aos eventos do anime Dragon Super e ao filme anterior de 2018, temos agora um foco nos personagens do planeta Terra, enquanto Goku e Vegeta estão em treinamento para ficar (ainda) mais fortes no planeta de Bills.
Alguns anos já se passaram, Pan tem 3 anos e até mesmo começou a treinar com Piccolo, que a essa altura já se tornou um tipo de babá. Tudo está em paz, Gohan continua estudando/trabalhando e nada parece que irá mudar. Até que vemos Red Ribbon reaparecendo novamente.
Dr. Hedo, neto do Dr. Maki Gero, é muito fã de super heróis. Ele é convencido a reerguer o exército vermelho por Magenta, o filho do Comandante Red.
Além de fã de super heróis, Dr. Hedo é um cientista super inteligente e neto do falecido Dr. Maki Gero. Ele é convencido por Magenta (filho do Comandante Red) e reerguer a tropa vermelha com o objetivo de criar novos androides defensores da justiça. Obviamente, o plano de Magenta é usar a inteligência de Hedo para criar um novo exército e conseguir conquistar o mundo. Para isso, ele diz ao cientista que Bulma, seus amigos e toda a Corporação Cápsula são terríveis vilões alienígenas que querem escravizar os humanos.
Assim, Hedo cria os dois androides Gamma para derrotar todos os “Guerreiros Z” que estão na Terra.
Embora os longas anteriores tivessem muitos efeitos especiais em CG, eles eram essencialmente feitos de animação tradicional, com frames 2D desenhados em computadores. Já este novo filme inova por ter sido feito inteiramente em CG. Com todos os personagens e cenários desenhados em 3D, porém, utilizando um efeito de cortes de frames na animação para simular desenhos 2D. Algo muito parecido com o que é feito em jogos como Guilty Gear Xrd ou Dragon Ball FighterZ.
O resultado é muito bom, até dá para esquecer que se trata de um filme em CGI. Para deixar um gostinho do passado, as cenas de flashback são feitas em 2D.
A dublagem, feita na UniDub, também chama muito atenção. (Quase) todos os dubladores originais que dublam Dragon Ball desde os anos 90 estão de volta. É impressionante como algumas vozes não envelhecem nunca, por exemplo de Gohan ou Videl. Pan, que agora está bem mais falante, parece ter a mesma dubladora de Dragon Ball GT, porém, como a personagem tem apenas três anos, fica aparente que usaram um filtro para deixar sua voz mais fina, e ficou um pouco estranho. Os novos personagens ganharam dubladores que antes nunca estiveram em Dragon Ball, isso deu espaço para que dubladores da nova geração ganhassem espaço na franquia Dragon Ball.
O filme é bastante completo e apresenta todos os elementos que fariam parte de uma saga do anime. É perceptível que os roteiristas se empenharam em trazer muitos elementos e detalhes do passado para agradar os antigos fãs. Em apenas 1 hora e 40 minutos conseguiram apresentar as motivações dos novos vilões, mostrar como está a vida atual dos protagonistas. Há o surgimento de um problema, uma busca por soluções. Tem cenas de treinamento, busca pelas Esferas do Dragão, muita comédia, e um bom tempo reservado para as lutas.
Quando os personagens tentam descobrir como vencer o novo desafio, eles conseguem pensar em algo que ainda não foi usado na franquia, mostram conhecimento sobre eventos passados. E tudo sem ficar repetitivo ou parecer que estão explicando demais para quem está assistindo. Embora Dragon Ball não seja conhecido por ser complexo, é inegável que, após tantas histórias, ele tenha criado um universo bastante vasto. Muito disso é aproveitado no filme, principalmente das sagas da Red Ribbon e de Cell.
A conclusão é aquilo sempre acontece e o que se espera de uma saga em Dragon Ball. Temos vilões derrotados e temos a adição de novos amigos ao imenso grupo de amigos de Goku e cia..
Embora não tenha como um filme ter combates tão demorados como no anime, a batalha final consegue ser interessante e divertida. Temos novos poderes e até a volta de personagens que estavam desaparecidos desde o início de Dragon Ball Super. Agora temos que torcer para que o anime volte a ser produzido, o que não faltam são histórias para sem adaptadas, tanto dos filmes como do mangá.
As motivações para Gohan voltar a lutar são convincentes, assim como o motivo para ele tentar se superar. Talvez isso seja um ponto de discussão entre os fãs pois sua evolução vem bem rápido para quem aparentemente estava tantos anos sem treinar. De qualquer forma, preciso lembrar novamente que talvez um filme não dê tempo para explorar isso tão a fundo.
Quem é fã de Dragon Ball precisa ir aos cinemas assistir e rever Goku e seus amigos. É uma experiência muito melhor do que ver apenas em casa por streaming. Ele foi trazido ao Brasil numa parceria da Crunchyroll com a Sony Pictures.
ANÁLISE
Dragon Ball Super: Super Hero
"Super Hero" é o mais novo episódio dos filmes de Dragon Ball Super. Trazendo a nova Red Ribbon e a volta de Gohan ao campo de batalha. Pela primeira vez na franquia, tudo foi feito em CGI que simula animação tradicional.
PRÓS
- O novo estilo de animação é muito bonito
- Avança na história da série, trazendo novos personagens
- A dublagem é muito boa e fiel ao anime
CONTRAS
- O efeito na voz da Pan não ficou muito bom
- Um certo vilão não tem nenhuma fala