Dragon Ball Xenoverse chegou para renovar os jogos baseados na franquia, e conseguiu!
Com uma história nova, baseada em viagem no tempo, um novo vilão e uma jogabilidade que mistura jogo de luta com RPG, Xenoverse consegue fugir do “apenas tornar jogável as batalhas que existem no anime“.
Ao iniciar o jogo pela primeira vez, experimentamos rapidamente uma batalha de Goku contra Freeza em Namekusei, para testar os controles. E em seguida somos mandados para a tela de criação de personagem. A grande sacada aqui é jogar o jogo com você mesmo (ou quem você criar).
No enredo, Trunks faz parte de um grupo que protege o tempo (passado, presente e futuro) impedindo que alterações sejam feitas por aqueles que podem transitar entre as eras.
Há mais de 75 milhões de anos antes da história de Dragon Ball, o Deus Demônio Demigra tentou se apossar da Câmara do Tempo, mas foi impedido e selado pelo Supremo Senhor Kaiô do Tempo. Só que agora, o selo foi quebrado e Demigra está alterando o curso da história e controlando a mente de vários guerreiros poderosos.
O personagem que você cria no jogo passa a ser um Guerreiro do Tempo e deve impedir Demigra a qualquer custo. Para isso, Trunks passa a analisar os pergaminhos que representam as eras. Quando algo de errado acontece nessas eras, o pergaminho muda de cor. E aí vcê inicia batalhas em várias épocas diferentes para tentar manter tudo em ordem.
E não existem apenas missões dentro do enredo, existem missões paralelas, missões em grupo, disputas em grupo. E tudo isso gera pontos de experiência para tornar seu personagem mais forte.
Em vez de um menu básico, o jogo mostra a cidade Tokitoki, onde existem algumas áreas específicas para entrar em batalhas, comprar ou criar itens, modificar o personagem, escolher missões, conversar com NPCs. São tantas opções que lembram muito jogos de MMORPG.
Durante as batalhas você pode utilizar um rastreador modificado (estilo aquele dos saiyajins) que mostra onde estão itens espalhados pelas arenas. Assim, você pode tentar abandonar o combate por alguns instantes para procurar raridades ou itens que renderão algum dinheiro.
E tudo o que você faz com o personagem garantem pontos de experiência. Assim você pode ir melhorando os atributos e também ganhar novos poderes, dependendo de quais personagens você interage.
Percebe-se que a Namco procurou desenvolver um jogo que tivesse bastante conteúdo, muita exploração e que saísse um pouco do comum dos jogos de luta. Realmente existem muitas coisas pra fazer, mesmo que algumas delas sejam meio repetitivas.
A jogabilidade funciona muito como nos jogos Dragon Ball Raging Blast 1 e 2. Mas a configuração padrão é um pouco confusa, principalmente para se locomover pelo cenário voando. Felizmente, há uma opção de configuração que facilita e fica muito parecido com o que era usado em Raging Blast e em Dragon Ball Z Tenkaichi Budokai 3.
Os combos não são muito longos para que você possa acertar um inimigo e não esquecer dos outros ao redor. Algo que muda muito as lutas é o fato de não precisar carregar o KI para utilizar golpes especiais. O KI cresce aos poucos e você só precisa mesmo estar atento aos inimigos. É bem melhor do que ficar parado carregando poder e sendo um alvo fácil, mesmo que seja estranho para o universo da Dragon Ball.
A trilha sonora completa bem o jogo. Destaque para o tema da abertura que é bem nostálgica para os fãs. E não importa a versão do jogo, ela é cantada em japonês. Ou seja, nada de surpresa ruim ou versão instrumental para atrapalhar.
Dragon Ball Xenoverse consegue ser inovador e superior aos últimos títulos lançados da franquia. A opção de criar um personagem é interessante, mesmo que não existam tantas opções de personalização. E leva bastante tempo para conseguir todos os itens e completar todas as missões. Os DLCs adicionam novas personagens e sagas, como Dragon Ball GT.
Recomendo o jogo para todos os fãs de Dragon Ball ou anime em geral. Este é realmente um bom título.
NOTA: 4/5