[Filme] Crítica – Uma Advogada Brilhante

A convite da Downtown Filmes, conferimos antecipadamente o filme “Uma Advogada Brilhante“.

Leandro Hassum retorna mais uma vez aos cinemas com uma nova comédia para toda família. Desta vez ele vive um advogado que precisa se passar por advogada para não perder o emprego e conseguir pagar a pensão de seu filho.

O roteiro ficou por conta de Ale McHaddo, Luiz Felipe Mazzoni e Cris Wersom. E eles entregam uma história divertida, bem humorada e cheia de boas tiradas.

Existem críticas inteligentes, que de forma isenta, tiram sarro de tudo que você possa imaginar.

Confira a sinopse:

O confuso e cômico advogado Michelle detesta seu nome por ser confundido com um nome feminino. Seu nome lê-se Mikele, mas ninguém consegue acertar. Ele recebe a incumbência de sustentar a ex-mulher e o filho, ou ambos serão liberados pela juíza de família a se mudar para os Estados Unidos. Como notícia ruim não anda sozinha, no mesmo dia, ele descobre que o escritório de advocacia onde trabalha foi comprado, e somente as advogadas mulheres continuarão trabalhando lá.

Aí é que a sorte, ou o azar, de Mike muda. Seu nome é confundido com Dra. Michelle, e ele ganha uma segunda chance. Só precisa se passar por mulher para continuar empregado e ter dinheiro para bancar a pensão. Uma comédia de erros em que Leandro Hassum brilha como uma advogada e engana a todos para garantir seu emprego. Entre as aulas de aeróbica e as cantadas que leva na rua, ele descobre que não basta calçar saltos altos para se tornar uma advogada brilhante.

Feito para rir

Provavelmente você já deve ter visto vários filmes onde algum homem precisava se passar por mulher para alcançar algum objetivo. É um estilo de filme muito utilizado quando se quer criar uma nova comédia. Mas mesmo sendo algo comum, o filme do Leandro Hassum consegue entregar bastante criatividade.

Ele não pretende se reconciliar com sua ex-esposa, não quer se vingar de ninguém e nem mesmo se reconectar com seu filho. Até porque essa conexão não parece tão ruim, apesar de alguns pequenos problemas.

Existem muitas piadas que criticam o ambiente de trabalho de grandes empresas. Vão desde a demissão em massa “de forma humanizada através do whatsapp”, até o descaso que mulheres vivem diariamente. Expondo a hipocrisia quando usam o tema da igualdade de gênero apenas por questões de marketing empresarial. Mostram também como as fusões de grandes corporações sempre afetam negativamente o lado mais fraco da corda: os funcionários.

Mas tudo isso é feito de forma leve e divertida. E nós vemos também a relação de “Milkele”com sua família. Seus pais são donos de uma antiga pizzaria, onde também trabalha sua irmã Patrizia (ela sendo trans de verdade). É a partir da antigas roupas dela que Mikele se inspira para criar o visual da Michele.

Com o passar do tempo, ter uma vida dupla vai se tornando mais e mais complicado. Mikele conta com a ajuda de bons amigos para manter o disfarce, mas sabemos que até o final do filme tudo vai virar uma grande bagunça.

O elenco do filme é cheio de grandes surpresas e participações especiais. De início eu pensei: “olha, uma galera da TV Cultura e da antiga MTV”. Então, foram aparecendo outros atores, grandes comediantes e muita gente que fazia tempo que eu não via na TV.

Posso dizer que ri bastante com este filme, ele realmente tem um ótimo humor ácido. Mas ainda assim, algumas piadas iam além do meu gosto e me davam um pouco de vergonha alheia. Como naquela cena onde um advogado, dentro de sua sala no escritório, resolve do nada subir em sua própria poltrona para rebolar até ela quebrar. Não sei se precisava de momentos assim…

Enfim, isso não estragou minha experiência geral. E indico para toda família, para passar uma bela tarde no cinema.

Sobre o Leandro Hassum, continuo no aguardo de “Candidato Honesto 3”. Será que um dia essa filme verá a luz?