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Intocáveis – Por que demorei tanto para assistir?

Por Felipe | em 30/09/2013 | 4 Comentário(s)
Filme

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Se você também gosta de escrever como eu, sabe o quão difícil é simplesmente começar, quando se trata de transcrever uma experiência marcante ao se deparar com um grande trabalho, e ainda por cima, de forma que faça jus a obra original. Seja vinda de um bom livro, uma música nova ou filme, como é o caso do fabuloso Intocáveis.

Não é tarefa fácil replicar tal sensação, mas darei meu melhor nas próximas linhas!

Intouchables ou Intocáveis no Brasil, é um filme francês de comédia dramática, lançado em novembro de 2011 e escrito e realizado por Olivier Nakache e Éric Toledano. Foi baseado no livro autobiográfico Le Second Souffle (O Segundo Suspiro) de Philippe Pozzo di Borgo, e aborda a relação do autor, um aristocrata multimilionário e tetraplégico (que não mexe ou sente coisa alguma abaixo da linha do pescoço) com Driss, seu auxiliar de enfermagem. Um jovem problemático dos subúrbios de Paris, que acaba de cumprir uma pena de seis meses de prisão após assaltar uma joalheria.

O rapaz não tinha qualquer formação para o cargo e nem experiência em cuidar de pessoas, e só estava participando da seleção para ser reprovado e ter acesso ao benefício do seguro desemprego, mas por alguma razão cai nas graças de Philippe e é contratado.

Amigos mais do que improváveis

Driss não é nem de longe a melhor opção para o trabalho, mesmo assim não há como não gostar do jovem senegalês de sorriso fácil e cativante, que conquista todos ao seu redor com seu jeito divertido, muita cara de pau e um humor negro bizarro, fazendo muitas vezes piadas com a condição física de seu patrão. Isso tira muito da carga dramática da trama, e deixa a história muito mais leve e agradável.

Uma grande amizade é construída entre os dois, o que faz Phillippe ter prazer pela vida novamente. E as relações entre os personagens vão sendo exploradas de formas sutis e belas, não só entre os protagonistas, mas entre parentes, amigos e funcionários.

Não há exageros ou comoção em excesso. E no decorrer do filme você fica tão preso e encantado, que não quer que ele acabe. A história é muito bem contada e não te faz chorar litros, pelo contrário, você chega ao fim com um sorriso no rosto e esperança renovada nas pessoas e na força da amizade.

Agora não espere por grandes reviravoltas ou fatos surpreendentes. Esta não é a proposta! O filme é sobre como uma amizade verdadeira pode ser transformadora. É o tipo de história que aquece qualquer coração e emociona de verdade, com uma sensibilidade ímpar que a muito não vejo no cinema (Hollywood podia beber muito desta fonte).

Além de todos estes atributos que já citei, o filme conta com belíssimos cenários da França, e uma trilha sonora bem variada, que vão de músicas clássicas a Earth, Wind and Fire!

Driss além de engraçado é um ótimo dançarino!

No entanto os pontos mais fortes são, sem dúvida alguma, as brilhantes atuações de Omar Sy como Driss e François Cluzet como Philippe. A carisma do senegalês em nenhum momento ofusca a atuação impecável do francês, pelo contrário, ocorre uma soma que forma uma energia muito boa entre os dois.

Em 2011 eles receberam prêmios de melhores atores com a mesma pontuação no Festival de Cinema de Tóquio, e Omar ainda foi homenageado com Prix Lumière (melhor ator), com o Globes de Cristal (melhor ator) e em 2012 com o Étoiles d’or du cinéma français (ator revelação) e com César, (melhor ator) equivalente francês ao Óscar, e tornou-se o primeiro ator negro a recebê-lo. Além disso, será o personagem Bishop no próximo filme da FOX – X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (estréia prevista para o primeiro semestre de 2014).

François Cluzet não fica nem um pouco atrás, tem quase 40 filmes no currículo e diversas indicações a prêmios por trabalhos anteriores. Ganhou o César de melhor ator, após estrelar como um médico suspeito de duplo homicídio, em um filme de 2007 chamado Ne le dis à personne. E teve sua participação em Intocáveis muito elogiada pela crítica.

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Cartazes de divulgação em versão brasileira e francesa respectivamente

O filme é a produção francesa mais rentável da história, com uma taxa que excede 602%. E foi o mais visto na França em 2013, com cerca de 19,385 milhões de ingressos vendidos, sendo a terceira maior bilheteira do país, o primeiro foi Titanic (1997) e o segundo foi Bienvenue chez les Ch’tis (2008). Foi, também, o segundo filme mais visto na Alemanha na sua estréia, tendo alcançado o primeiro lugar na quarta semana de exibição.

O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos de autor da adaptação do livro ao cinema, cerca de US$ 650 mil, foi doado a associação Simon de Cyrène para deficientes físicos.

Gostei tanto dos dois personagens que resolvi pesquisar o que aconteceu com eles na vida real, no que seria uma pós história do filme, e descobri que Philippe deixou Paris, e hoje vive em Essaouira no Marrocos com Khadija, sua segunda esposa. Ele recebe muitas cartas de pessoas pedindo conselhos e faz questão de responder a todas as mensagens.

Abdel Sellou e Philippe Pozzo di Borgo (originais)

Philippe está com 62 anos, e é membro de uma família nobre e tradicional. Morou em castelos e, como diretor da prestigiada Casa Pommery (império de champanhe), viveu uma vida cheia de viagens e glamour. Seu acidente de parapente aconteceu em 1993, quando tinha 42 anos. Depois disso, ele começou sua segunda vida preso a uma cadeira de rodas e por conta dos livros, eventos e associações que participa, se tornou um símbolo de força e determinação.

Seu livro também ganhou uma versão resumida e com linguagem simplificada, para pessoas com dificuldade de compreensão. Seu comprometimento é impressionante, e quando perguntam de onde ele tira tanta energia, a resposta é que “a fraqueza não é uma deficiência, mas um tesouro que o outros ainda têm que descobrir.”

Já Abdel Yamine Sellou (o Driss da vida real), é na verdade da Argélia (e não do Senagal) e atualmente mora em Paris com a mulher que se chama Amal, e com seus três filhos: Abdel Malek, Salaheddine e a pequena Keltoum. O rapaz se gaba por ser ótimo em matemática já que seus filhos curiosamente nasceram em 5/5, 6/6 e 7/7 (rs). Quando não está na França, Abdel fica em Djelfa, na sua terra natal, onde cuida da sua fazenda de criação de galinhas.

Apesar dos dois amigos não morarem mais juntos, nada mudou entre eles. Segundo Abdel eles sempre conversam sobre tudo, nenhum assunto é tabu. Philippe lhe ofereceu sua cadeira de rodas para ser usada como uma muleta e o apoiar, e até hoje Abdel ainda a usa assim.

Uma belíssima fotografia durante o filme todo

Filmes baseados em histórias reais sempre me tocam, mas esta é marcante de uma forma especial. O pai do meu melhor amigo de infância e grande amigo da minha família, esteve em situação semelhante por conta de um acidente de asa delta, que o prendeu em uma cama até seu falecimento alguns anos atrás. Viajávamos muito e acompanhávamos suas frustrações diante de tantas privações. E durante todo filme lembrei com um nó na garganta desses momentos e das dificuldades que ele teve que enfrentar.

Este foi mais um motivo para me dedicar a escrever um bom texto para este post, na intenção de homenagear sua memória.

Deixo vocês com o trailer e espero que tenham gostado da matéria. Não esqueçam de comentar e de compartilhar!

Nota: 5/5

Este filme é mais que uma recomendação, é uma obrigação para todos os amantes da 7ª arte!

Tags: Abdel SellouDrissFrançois CluzetIntocáveisIntouchablesOmar SyPhilippePhilippe Pozzo di Borgo

Descrição do Autor

Designer gráfico e fundador da Figaro Design, sempre está metido em algum projeto louco como o deste site. Ama artes marciais. Gosta de desenhar, escrever, ler livros, revistas, HQs e mangá, e assiste muitos filmes, séries, doramas e animações. Tem como hobby o videogame e o RPG.

4 Respostas to “Intocáveis – Por que demorei tanto para assistir?”

  1. 02/10/2013

    Juliana Ferraz Responder

    Ótimo post e excelente filme. Não tem como não se lembrar do tio Amauri assistindo este filme…
    O filme é uma lição de vida.

  2. 02/10/2013

    Gil Responder

    Não me considero um especialista na sétima arte. Sou um devorador de filmes; e talvez pelo hábito, tenha desenvolvido algum senso crítico. Faz algum tempo que assisti “Intocáveis”; e achei incrível. Mais ainda por ser baseado em fatos reais. Como o Felipe; eu sempre preferi os filmes baseados em histórias verídicas; e esse além desse detalhe é soberbamente produzido.

    Acompanho com alguma frequência esse site, e sempre me surpreendo com seu conteúdo.
    Parabéns a todos do “88milhas” continuem, que essa direção; penso ser a mais acertada.

  3. 01/10/2013

    Paula Barão Responder

    Não é um típico filme que começa bom e piora, ou começa ruim e vai melhorando. É realmente bom do começo ao fim.

  4. 01/10/2013

    Carolina Fukuzawa Responder

    Verdade, é tão cativante e é tão bonita a amizade deles que você não quer que o filme termine!
    E o Driss é de um simpatia… gostei dele logo de cara!!
    Achei muito legal que o “dinheiro arrecadado com a venda dos direitos de autor da adaptação do livro ao cinema, cerca de US$ 650 mil, foi doado a associação Simon de Cyrène para deficientes físicos”, isso deixo a história ainda mais incrível!!
    Muito bom mesmo, recomendo!!

    Adorei o post, as fotos estão lindas e tem muitas informações e curiosidades que me fizeram sentir mais carinho pelo filme. =)

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